A Mercedes-Benz deu a largada na produção de ônibus elétricos no Brasil. A montadora já entregou 25 veículos às empresas de transporte público da cidade de São Paulo e até o fim do ano mais 25 unidades devem integrar a frota da capital paulista.

As encomendas, no entanto, giram em torno de 500 veículos, que devem ser entregues até 2025.

O chassi e0500U foi totalmente desenvolvido pela subsidiária brasileira da Mercedes. No contrato com três concessionárias paulistanas - Viação Metrópole Paulista, Viação Sambaíba e Viação Mobibrasil -, os ônibus receberam carroceria Caio Millennium.

Segundo o diretor de vendas e marketing ônibus, Walter Barbosa, o modelo já é elegível ao financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Finame Baixo Carbono.

Com bateria da BorgWarner, a Mercedes-Benz diz que desenvolveu mais de 40 fornecedores locais para atender às exigências de nacionalização do BNDES.

“Estas mesmas empresas pretendem adquirir um total de mais de quinhentos ônibus e0500U, sendo 180 unidades para Metrópole Paulista, 300 unidades para Sambaíba e 68 unidades para a MobiBrasil. Temos capacidade de produção para atender essa demanda crescente”, afirmou Barbosa.

Estratégia é exportar o ônibus para AL e Ásia

Segundo a Mercedes, o Chile será o próximo país da América Latina a receber uma unidade do eO500U para demonstração a clientes, gestores do transporte coletivo e parceiros. A apresentação será feita por meio da parceria com a Comercial Kaufmann, representante local da marca alemã, e com a encarroçadora Caio.

“Já temos acordo para demonstrarmos o nosso ônibus elétrico no México, Argentina e Indonésia. Assim, como os veículos de combustão, a nossa estratégia é exportar esse modelo para clientes além da América Latina”, disse Sergio Magalhães, diretor geral de Ônibus para a América Latina.

Recarga total do ônibus leva até 3 horas

O chassi elétrico da Mercedes-Benz é um modelo Padron 4x2 de piso baixo, para carrocerias de até 13,2 metros, com capacidade de transportar de 70 a 80 passageiros. Segundo a montadora, a autonomia do veículo é de 250 km, a maior entre os ônibus elétricos no país.

O sistema de recarga de baterias é do tipo plug-in, mesmo padrão tecnológico utilizado pela Daimler Buses em seus ônibus elétricos, levando até três horas para a recarga completa. A nova geração de baterias NMC3 é a mesma utilizada nos ônibus Mercedes-Benz e Citaro na Europa.

A fabricante diz que, neste primeiro momento, vai disponibilizar seu sistema de gestão de frota aos clientes do ônibus elétrico. O Fleetbus é uma plataforma que permite análises de desempenho dos ônibus e de manutenções preventivas e preditivas.

Por: www.automotivebusiness.com.br / Notícias Amalcaburio